Hoje, ao acordar pela manhã, já tinha consciência da importância desse dia. Afinal, não é todo dia que se comemora um Dia Mundial Sem Carro.
Como de costume, peguei meu Skate - uma vez que ainda não possuo um automóvel- e desci até a estação Santana do Metrô.
Para variar-adivinhem!- congestionamento na Rua Voluntários da Pátria, em seu entorno, na Cruzeiro do Sul, enfim, não me espantei com o que ví. Pensei comigo; quem daria valor à qualidade de vida em São Paulo? De qualquer forma, entrei no Metrô e logo comecei a ficar irritado –é de praxe, quase todo dia me envolvo em alguma discussão- com a corriqueira superlotação .
Foto: Juliana Molás |
É inacreditável que em uma cidade como São Paulo, as pessoas se vêem obrigadas a utilizar o carro todos os dias e reclamam quando é dia de seu rodízio. Não conseguem tomar, simplesmente, um ônibus, metrô ou qualquer outro meio de transporte coletivo.
Já dentro do metrô fiquei imaginando - Ah! Muita gente vai sair a pé de casa hoje, então peraí! Fudeu! Todo mundo vai pegar metrô!-
E foi o que ocorreu. Na estação seguinte muita gente embarcou. Logo senti o solavanco, os empurrões e ouví a gritaria estridente. Mais uma estação (Tietê), e tome mais gente entrando. Outra estação, (Armênia, de onde chega a maior parte dos Guarulhenses, e que não são poucos) e a “sardinha” já estava enlatada. Duas estações à frente (Luz-integração com a CPTM), só senti o tranco e a massa pendendo para um lado devido aos empurrões das dezenas de pessoas querendo embarcar pela mesma porta. Nesse momento eu já estava transtornado, porém, mais uma vez, pensei comigo: – Deve ter gente aqui que não saiu de carro, dá um alívio no transito, e tem outra o povo (marido da sociedade) não tem culpa, todos querem chegar ao trabalho -.
Passados alguns minutos, o trem estaciona na estação Sé. A essa altura eu já estava quase meditando, estaa em Alfa, Beta ou gama, ah sei lá, algo assim. Estavatranquilo, até porque não ia cair. Porém, quando cheguei à estação em que eu desembarco, no Paraíso, sai para a rua e já ví a chuva caindo, olhei por cima do viaduto, e por um segundo pensei que estivesse no inferno. O transito absurdo, congestionamento total. São Paulo não tem jeito mesmo!
E mesmo tendo eu avistado muitos ciclistas pelas vias, me veio à mente as palavras proferidas recentemente pela minha namorada Juliana: “Aqui não tem jeito, aqui nós não vamos ficar!”
E, afinal, ela esta certa, além do mais, espero que junto dela, em breve, eu possa viver num lugar bonito, onde a paisagem seja natural, em que haja animais, flores e plantas, e que possamos colher as frutas nos cachos, e não mais nos iludir com uma nota de 100 R$.
Campo, Mato(florestas, matas etc.)? quem sabe? Mas acho que o destino para nossas vidas seja mesmo morar na praia.
Gosto de morar em São Paulo, é inegável. Aqui há de tudo; cinemas, teatro, restaurantes, baladas, shows, emprego. Existe de tudo, até pessoas que não dão valor ao que possuem. Sujam as ruas com papéis de bala, embalagens, garrafas e latas como se a via fosse sua própria moradia, ou simplesmente jogam móveis, pneus e lixo nos rios (Já deu uma olhada no rio da sua cidade? A Juliana tem (ou pelo menos tinha) uma frase no orkut em que dizia que o rio é o espelho dos valores da sua sociedade, e você já deu uma olhada no rio Tietê?).
E em busca de uma moradia, as pessoas invadem e desmatam a mata atlântica, que de sua totalidade em 1500, à época do descobrimento, época em que era 100% intacta e preservada pelos Índios, hoje, só possui um remanescente de 7% do original (imagine o que sobrou de animais então?).
Essas pessoas, mesmo que benévolas em sua essência acabam se tornando pessoas gananciosas, egoístas e que querem sempre que venha a “nós” o vosso “reino”. E eu não me juntarei a eles, e nisso estão inclusos minha futura esposa e meus filhos, se um dia vier a te-los.
E em busca de uma moradia, as pessoas invadem e desmatam a mata atlântica, que de sua totalidade em 1500, à época do descobrimento, época em que era 100% intacta e preservada pelos Índios, hoje, só possui um remanescente de 7% do original (imagine o que sobrou de animais então?).
Essas pessoas, mesmo que benévolas em sua essência acabam se tornando pessoas gananciosas, egoístas e que querem sempre que venha a “nós” o vosso “reino”. E eu não me juntarei a eles, e nisso estão inclusos minha futura esposa e meus filhos, se um dia vier a te-los.