Morador da cidade de Santo André, o skatista e artista plástico Guilhermo
Augusto Ferrari de Melo
a.k.a Gafi foi o responsável pela pintura do bowl que recebeu um perfeito
nosegrind de Dan Cezar
e virou capa da edição de agosto da CemporcentoSKATE.
Aos 25 anos de idade, Gafi, que já teve o seu trabalho retratado nas páginas da revista
(edição #137 – 2009), está se dedicando à produção artística e criou um blog onde
é possível
acompanhar o seu dia a dia. Conversamos com Gafi para saber mais detalhes
sobre o projeto
da pintura do bowl e sobre sua carreira. Confira!
Como surgiu a ideia de pintar o bowl de Santo André?
Quanto tempo demorou para fazer a pintura?A secretaria de cultura de
Santo André
desenvolve um trabalho de incentivo à cultura através de um fundo
monetário voltado
a investimentos nesse segmento. Utilizei o Fundo de Cultura de Santo André,
que todo
ano abre inscrições para um edital. Foi através disso que comecei a
desenrolar a ideia
de pintar o bowl e resolvi fazer a inscrição e encaminhar o meu projeto
(pintar o bowl da pista pública). Acabou dando certo e fui contemplado
pelo fundo para desenvolver esse trabalho.
Levei cerca de cinco meses para elaborar tudo, isso porque no meio do
caminho tive uma
pequena pausa de duas semanas para participar de uma exposição
coletiva em Manaus.
Ao retornar à Santo André, terminei a pintura em um mês.
Em sua entrevista na CemporcentoSKATE em 2009, você disse ter “fascínio pela natureza”.
Você se inspirou nessa ideia durante o processo criativo?
Não necessariamente por ser uma pintura numa pista de skate eu
teria que fazer algo
relacionado ao mesmo. Seria muito óbvio. Fui contemplado
por um projeto que eu criei
para desenvolver o meu trabalho interferindo num espaço público.
E isso me deu toda liberdade
para elaborar elementos que fazem parte do meu imaginário,
quebrando a visão convenciona
l das coisas.
Já vivemos como sobreviventes numa cidade toda cinza,
cheia de poluição visual.
E o bowl é um cenário surreal, que em alguns momentos está
debaixo d’água, e em outros,
está seco. É exatamente quando ele está seco que surge um plano
com árvores e caligrafia
se misturando com formas orgânicas e muitas cores,
quebrando totalmente a monotonia
do cimento.
Desde o início pensei aplicar essa ideia. Independente do que iria sair,
segui esse plano de criação.
Não tive problemas com o processo de criação, e sim na execução. (risos)
Você é skatista há 13 anos e o grafite também faz parte da sua vida.
O que passou pela sua cabeça ao ver sua arte na capa de agosto
da CemporcentoSKATE?
Como skatista e artista é muito gratificante ter rolado um registro como esse.
Esse trabalho é justamente para isso, minha criação interagindo com a
dedicação
de caras como o Dan Cezar. É como admirar um ciclo se fechando.
A fotografia terminou um ciclo, juntando a pintura e o skatista.
Você já consegue sobreviver da sua produção artística, quais são
as maiores dificuldades?
Ser artista no Brasil é muito dificil, todos nós estamos cansados de saber disso.
Ao invez de concordar com a situação e ficar de braços cruzados, eu produzo.
Não tenho o rendimento que desejo sempre. As vezes é muito difícil continuar,
mas de alguma forma esses problemas me motivam. Quando eu vejo
a possibilidade
de tocar as pessoas, como no caso da pintur da pista, encontro
a recompensa necessária
para me deixar feliz.
Como estão os seus projetos atuais? O que tem passado pela
sua cabeça para o futuro?
Estou focado em minha produção plástica, cuidando também da
minha apresentação pública.
Recentemente inaugurei um blog onde é possível acompanhar um
pouco do meu dia a dia
e minha produção (clique para acessar). Pretendo expôr esse
material em breve, mas ainda
não fechei nada.
Confira abaixo o vídeo com a manobra da capa no bowl de Santo André:
Augusto Ferrari de Melo
a.k.a Gafi foi o responsável pela pintura do bowl que recebeu um perfeito
nosegrind de Dan Cezar
e virou capa da edição de agosto da CemporcentoSKATE.
Aos 25 anos de idade, Gafi, que já teve o seu trabalho retratado nas páginas da revista
(edição #137 – 2009), está se dedicando à produção artística e criou um blog onde
é possível
acompanhar o seu dia a dia. Conversamos com Gafi para saber mais detalhes
sobre o projeto
da pintura do bowl e sobre sua carreira. Confira!
Como surgiu a ideia de pintar o bowl de Santo André?
Quanto tempo demorou para fazer a pintura?A secretaria de cultura de
Santo André
desenvolve um trabalho de incentivo à cultura através de um fundo
monetário voltado
a investimentos nesse segmento. Utilizei o Fundo de Cultura de Santo André,
que todo
ano abre inscrições para um edital. Foi através disso que comecei a
desenrolar a ideia
de pintar o bowl e resolvi fazer a inscrição e encaminhar o meu projeto
(pintar o bowl da pista pública). Acabou dando certo e fui contemplado
pelo fundo para desenvolver esse trabalho.
Levei cerca de cinco meses para elaborar tudo, isso porque no meio do
caminho tive uma
pequena pausa de duas semanas para participar de uma exposição
coletiva em Manaus.
Ao retornar à Santo André, terminei a pintura em um mês.
Em sua entrevista na CemporcentoSKATE em 2009, você disse ter “fascínio pela natureza”.
Você se inspirou nessa ideia durante o processo criativo?
Não necessariamente por ser uma pintura numa pista de skate eu
teria que fazer algo
relacionado ao mesmo. Seria muito óbvio. Fui contemplado
por um projeto que eu criei
para desenvolver o meu trabalho interferindo num espaço público.
E isso me deu toda liberdade
para elaborar elementos que fazem parte do meu imaginário,
quebrando a visão convenciona
l das coisas.
Já vivemos como sobreviventes numa cidade toda cinza,
cheia de poluição visual.
E o bowl é um cenário surreal, que em alguns momentos está
debaixo d’água, e em outros,
está seco. É exatamente quando ele está seco que surge um plano
com árvores e caligrafia
se misturando com formas orgânicas e muitas cores,
quebrando totalmente a monotonia
do cimento.
Desde o início pensei aplicar essa ideia. Independente do que iria sair,
segui esse plano de criação.
Não tive problemas com o processo de criação, e sim na execução. (risos)
Você é skatista há 13 anos e o grafite também faz parte da sua vida.
O que passou pela sua cabeça ao ver sua arte na capa de agosto
da CemporcentoSKATE?
Como skatista e artista é muito gratificante ter rolado um registro como esse.
Esse trabalho é justamente para isso, minha criação interagindo com a
dedicação
de caras como o Dan Cezar. É como admirar um ciclo se fechando.
A fotografia terminou um ciclo, juntando a pintura e o skatista.
Você já consegue sobreviver da sua produção artística, quais são
as maiores dificuldades?
Ser artista no Brasil é muito dificil, todos nós estamos cansados de saber disso.
Ao invez de concordar com a situação e ficar de braços cruzados, eu produzo.
Não tenho o rendimento que desejo sempre. As vezes é muito difícil continuar,
mas de alguma forma esses problemas me motivam. Quando eu vejo
a possibilidade
de tocar as pessoas, como no caso da pintur da pista, encontro
a recompensa necessária
para me deixar feliz.
Como estão os seus projetos atuais? O que tem passado pela
sua cabeça para o futuro?
Estou focado em minha produção plástica, cuidando também da
minha apresentação pública.
Recentemente inaugurei um blog onde é possível acompanhar um
pouco do meu dia a dia
e minha produção (clique para acessar). Pretendo expôr esse
material em breve, mas ainda
não fechei nada.
Confira abaixo o vídeo com a manobra da capa no bowl de Santo André: